Dia Nacional da Poesia - 14 de março
Poesia é uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos.
Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga.
Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
O dia 14 de março é considerado o Dia Nacional da Poesia, pois foi nesta data que nasceu o grande poeta brasileiro Castro Alves.
Poeta romântico, Castro Alves morreu de tuberculose na capital baiana Salvador em 06 de julho de 1871, com apenas 24 anos.
Castro Alves escreveu obras clássicas como "Navio negreiro" e "Espumas flutuantes".
Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga.
Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
O dia 14 de março é considerado o Dia Nacional da Poesia, pois foi nesta data que nasceu o grande poeta brasileiro Castro Alves.
Poeta romântico, Castro Alves morreu de tuberculose na capital baiana Salvador em 06 de julho de 1871, com apenas 24 anos.
Castro Alves escreveu obras clássicas como "Navio negreiro" e "Espumas flutuantes".
Assim trago este poema do Grande Castro Alves em homenagem as mulheres
Poema "As duas flores"
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.
Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.
Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.
Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!
Castro Alves
Assim, celebrando essa data tão importante na formação de idéias,pensamento e sentimentos, eu fiz um apanhado da história da Literatura Celta,mas,particularmente, a poesia celta e sua construção histórica.
História da poesia celta
A percepção moderna de que poesia é uma arte literária que desperta as emoções é
válida, mas absolutamente insuficiente para descrever a poesia do ponto de vista
celta. A palavra moderna 'poesia' vem do grego poiesis, que significa
literalmente poder criativo. Pela poesia, cria-se o mundo. Eis a função do bardo
na sociedade celta.
Assim como
'vates', o termo bardo é de origem celta e posteriormente é
incorporado por outras línguas, sempre para designar um grande poeta. Mas seu
significado varia muito entre as diferentes regiões celtas: se no País de Gales
o Bardd é o grande poeta que desempenha funções de conselheiro dos reis
galeses, na Irlanda o termo baird designa a mais simples graduação
dentre os grandes poetas do sagrado: os Filidh.
O termo Fili
(singular - plural Filidh) designa os grandes sábios da Irlanda que, através de
seus versos e palavras, desempenhavam as funções de historiadores, cronistas e
conselheiros, além de adivinhos. A arte dos Filidh é a FIlidecht -
palavra que em irlandês antigo designa tanto a poesia quanto as artes
divinatórias - como se vê, as funções se mesclam e formam um todo
coerente.
Filidh
Numa cultura como a celta, em que não existem contratos escritos e o conhecimento deve ser transmitido oralmente, através da memorização da informação, é natural que a Palavra Falada tenha conotações sagradas. Isto é perceptível em outra característica marcante dos poetas irlandeses: a Sátira. Uma sátira é uma composição poética que tem por função destruir a reputação e a integridade de alguém que tenha cometido algum delito ou injustiça. Diz-se que o poder da palavra dos poetas irlandeses era tamanho que a vítima de uma sátira poderia desenvolver reações físicas - como pústulas no rosto - e até mesmo morrer.
Numa cultura como a celta, em que não existem contratos escritos e o conhecimento deve ser transmitido oralmente, através da memorização da informação, é natural que a Palavra Falada tenha conotações sagradas. Isto é perceptível em outra característica marcante dos poetas irlandeses: a Sátira. Uma sátira é uma composição poética que tem por função destruir a reputação e a integridade de alguém que tenha cometido algum delito ou injustiça. Diz-se que o poder da palavra dos poetas irlandeses era tamanho que a vítima de uma sátira poderia desenvolver reações físicas - como pústulas no rosto - e até mesmo morrer.
Acreditava-se que os bardos
irlandeses possuíam poderes sobrenaturais, de forma que uma sátira
particularmente poderosa poderia matar sua vítima. Antes que julguemos isso como
exagero, devemos pensar no poder da vergonha numa sociedade em que imagem era
tudo - suportar a plena fúria pública de um bardo e as provocações dos que
repetiam sua canção poderia levar qualquer um ao desespero, à doença ou mesmo ao
suicídio.
- Philip Freeman
- Philip Freeman
Mas por mais que seja
formidável, a sátira não era a única força dos bardos, poetas e Filidh: também
para o louvor seu conhecimento da Palavra era utilizado, em sagas, linhagens
sagradas, narrativas míticas e relatos fantásticos que preservavam os feitos dos
grandes heróis, as linhagesn dos reis, os segredos dos deuses. Mais uma vez
citando Philip Freeman, "o louvor de um bardo era a forma de se obter
respeito num mundo onde a honra era tudo. Sem as canções de um bardo, não havia
como atingir o que os heróis gregos dos épicos de Homero mais ambicionavam:
glória eterna". Já vimos acima que a glória - o reconhecimento social de
valor, coragem e honra - era o mais importante bem que um celta poderia receber,
e aos bardos era solicitado que compusessem odes louvando os feitos para que
mais e mais pessoas soubessem do valor de um determinado indivíduo.
Poeta celta
A equação é simples: quanto mais honrosa a conduta de um guerreiro, nobre ou rei, mais louvado ele seria pelos poetas; quanto mais louvado ele fosse, mais conhecido seria da população; e quanto mais conhecido, mais respeitado por seus feitos. Imenso é o contraste com nossos dias e a ânsia moderna pela fama a qualquer custo, pelo poder a qualquer custo.
A equação é simples: quanto mais honrosa a conduta de um guerreiro, nobre ou rei, mais louvado ele seria pelos poetas; quanto mais louvado ele fosse, mais conhecido seria da população; e quanto mais conhecido, mais respeitado por seus feitos. Imenso é o contraste com nossos dias e a ânsia moderna pela fama a qualquer custo, pelo poder a qualquer custo.
Bardo
Pelo quanto exposto
acima, parece seguro afimrar que bardos (Filidh na Irlanda), vates e druidas são
subdivisões de uma mesma categoria, como as especializações modernas nas áreas
do direito ou da medicina, por exemplo. O fato é que todas essas categorias eram
tidas na mais alta estima e respeito na sociedade celta, pois deles dependia a
preservação dessa sociedade.
Graças a autores
clássicos como Posidônio, Julio César e muitos outros, é possível afirmar que os druidas, além
de oficiar as cerimônias públicas e privadas, também atuavam como legisladores,
poetas, professores, adivinhos, historiadores e conselheiros dos governantes.
Uma sobrevivência bastante conhecida dessa multiplicidade de funções dos druidas
pode ser identificada na figura do Merlin da literatura arthuriana medieval:
Arthur é o grande rei mas, no
fundo, deve tudo – educação, coroação e até mesmo sua concepção – ao ‘velho
mago’. Eram os druidas a aconselhar os reis celtas sobre a melhor forma de se
governar o reino e a tribo – sempre com justiça e visando a prosperidade de
todos.
Poema celta de amor
Poema celta de amor
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